Uso de extrato aquoso de repolho como herbicida natural

Gabriel Joctã do Carmo de Rezende; Oscar Mitsuo Yamashita; Alan Carlos Batistão; Vander de Freitas Rocha; Wagner Gervazio

  • Gabriel Joctã do Carmo de Rezende
  • Oscar Mitsuo Yamashita
  • Alan Carlos Batistão
  • Vander de Freitas Rocha
  • Wagner Gervazio
Palavras-chave: Alelopatia; germinação; aleloquímicos; extrato natural

Resumo

As plantas espontâneas, muitas vezes confundidas com ervas daninhas, têm papel fundamental no equilíbrio da natureza. Há muito tempo sabe-se que as plantas competem entre si por condições mais favoráveis à sobrevivência, provocando prejuízos á exploração humana. Uma das formas que as plantas espontâneas têm de interferir no desenvolvimento de outras plantas é pela produção e liberação de aleloquímicos. Algumas espécies podem produzir substâncias aleloquímicas e apresentar potencial para uso como herbicidas naturais, prejudicando o desenvolvimento de outras, sem contaminar o meio ambiente, como é o caso do uso de herbicidas. Assim, objetivou-se neste trabalho, avaliar a capacidade de extrato aquoso de repolho em inibir a germinação de sementes de uma espécie sensível (alface). Foram preparadas diferentes concentrações (0; 25; 50; 75 e 100%) de extrato de repolho verde e roxo, para umedecimento de substrato para germinação de sementes de alface. Verificou-se que houve efeito inibitório da germinação de sementes de alface a partir da concentração de 25% de extrato aquoso de repolho. Na concentração de 25% as plântulas germinadas apresentaram tamanho reduzido, com necrose no ápice radicular e caule retorcido. Em concentrações acima de 25%, não ocorre germinação de sementes de alface. Esses resultados são indicativos do potencial desses extratos para o desenvolvimento de novas pesquisas visando o controle de plantas espontâneas, utilizando-se extratos naturais.

Publicado
2021-01-18