Superação da dormência em sementes de pau-ferro (Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. var. leiostachya Benth.)

Fabio Lucas Cemenci Gnoatto; Claudia Tatiana Araújo da Cruz-Silva

  • Fabio Lucas Cemenci Gnoatto
  • Claudia Tatiana Araújo da Cruz-Silva
Palavras-chave: Dormência tegumentar; tratamentos pré-germinativos; embebição.

Resumo

As sementes de leguminosas arbóreas são caracterizadas por apresentarem dormência tegumentar. Este trabalho teve como objetivo avaliar a eficácia dos diferentes métodos alternativos para a quebra da dormência de Caesalpinia ferrea (pau-ferro). As sementes foram submetidas aos seguintes tratamentos: imersão em água quente a 80°C por 2,5; 5 e 10 minutos, escarificação química em acetona P.A. por 5, 10 e 15 minutos, calor seco com temperatura de 72°C por 4, 8 e 12 horas e o controle. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, com 10 tratamentos, cinco repetições com vinte sementes, que foram acondicionadas em câmara de germinação com temperatura de 20±2°C, no escuro. Após 50 dias foram avaliadas à porcentagem de embebição, germinação e contaminação. A permanência por 10 minutos em água quente foi o tratamento que proporcionou maior porcentagem de embebição (67%), seguido pelo tratamento de calor seco durante 12, 8 e 4 horas e água quente por 2,5 e 5 minutos, com 61, 57, 48, 56 e 52%, respectivamente. Em relação à germinação o tratamento que apresentou maior porcentagem foi à imersão em acetona durante 15 minutos (30%), embora não tenha diferido significativamente do controle.
Os tratamentos com água quente a 80°C e calor seco a 72°C apresentaram-se como bons métodos para quebra de dormência da espécie onde ocorreu uma maior porcentagem de embebição das sementes.

Publicado
2020-12-09