Desempenho inicial do trigo submetido à deficiência hídrica induzida por polietienoglicol e ao uso de bioestimulante
Resumo
Resumo: O trigo (Triticum aestivum L.) destaca-se entre os cereais de inverno por sua importância econômica e elevada produtividade. No entanto, a produção nacional ainda é insuficiente para atender à demanda interna, evidenciando a necessidade de estratégias que aumentem a eficiência produtiva. Nesse contexto, o uso de bioestimulantes tem se mostrado promissor, sobretudo sob condições adversas como o estresse hídrico. Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos do tratamento de sementes com bioestimulante à base de extrato de algas marinhas sobre a germinação e o crescimento inicial de plântulas sob déficit hídrico induzido com polietilenoglicol (PEG 400). O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 × 4 (dois níveis de disponibilidade hídrica e quatro doses de bioestimulante), com quatro repetições. As variáveis analisadas incluíram germinação, comprimento da parte aérea e da raiz, número de plântulas normais e mortas, e massas fresca e seca. Os dados foram submetidos a testes de normalidade e, quando necessário, ao teste não paramétrico de Scheirer-Ray-Hare. Sob déficit hídrico, todas as variáveis apresentaram médias nulas, independentemente da dose aplicada, indicando que a ausência de água inviabilizou totalmente a germinação. Essa resposta evidencia a severidade do estresse hídrico imposto, que comprometeu completamente o desenvolvimento das plântulas. Os resultados demonstram que, nas condições deste experimento, o bioestimulante não foi capaz de mitigar os efeitos negativos da deficiência hídrica severa sobre o desempenho fisiológico das sementes.