Impacto da aplicação de doses de inoculante no sulco de semeadura sobre o estabelecimento inicial das plântulas de soja

Resumo

A inoculação da cultura da soja com bactérias do gênero Bradyrhizobium spp. é prática agronômica amplamente utilizada pelos produtores rurais. No entanto, devido ao menor rendimento operacional da semeadura, novos métodos de inoculação têm sido propostos em substituição ao método padrão de inoculação no tratamento das sementes. Neste contexto, este estudo avaliou a viabilidade da aplicação de doses de inoculante contendo estirpes de Bradyrhizobium spp. diretamente no sulco de semeadura sobre a emergência e crescimento inicial das plântulas de soja. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 4×5 com quatro repetições. Os tratamentos constituíram de 4 cultivares de soja (DM 73I75 IPRO, DM 75I74 IPRO, DM 79I81 IPRO e DM 80I79 IPRO) e da aplicação do inoculante no tratamento de semente (método padrão) e da aplicação de quatro doses de inoculante no sulco de semeadura [150, 300, 600 e 1200 mL ha^–1 de inoculante]. As doses aplicadas no sulco de semeadura são equivalentes à metade da dose recomendada (½ Dose), à dose recomendada (1x Dose), duas vezes a dose recomendada (2x Dose) e quatro vezes a dose recomendada (4x Dose). Aos 12 dias após a semeadura, foram avaliados a porcentagem de emergência, índice de velocidade de emergência, tempo médio de emergência, comprimento e matéria seca das plântulas. Os resultados indicaram que a utilização de inoculante contendo estirpes de Bradyrhizobium spp. na dosagem equivalente à quatro vezes a dose recomendada (4x Dose) para a aplicação no sulco de semeadura pode comprometer o processo de emergência e inibir o crescimento inicial das plântulas de soja. No entanto, a cultivar DM 73I75 IPRO teve menor impacto da aplicação de altas doses de inoculantes sobre a porcentagem de emergência e velocidade de emergência das plântulas.