Investigação da valorização de três variedades de casca de batata como fonte antioxidante natural

Emanueli Backes; Aziza Kamal Genena

  • Emanueli Backes
  • Aziza Kamal Genena
Palavras-chave: Solanum tuberosum; Ipomea batatas; resíduo; valor agregado

Resumo

A casca, cerca de 10% da batata, é rotineiramente descartada como resíduo no processamento do tubérculo. O objetivo do presente trabalho foi investigar o potencial da casca das variedades de batatas inglesa (I), doce roxa (DR) e doce branca (DB) como fonte de antioxidantes naturais. A atividade antioxidante dos extratos etanólicos das cascas secas foi avaliada por meio dos métodos DPPH·, ABTS·+, FRAP e sistema β-caroteno/ácido linoleico, e pelo método Folin-Ciocalteu para o teor de fenólicos totais (TFT). Para todos os métodos avaliados, as diferentes variedades de cascas de batata apresentaram-se como potenciais fontes de antioxidantes naturais. Dentre elas, a DB teve destaque significativo, com valor de EC50 de 1,92 mg mL-1 para o método DPPH·, 29,17 µmol de Trolox g-1 para o método ABTS·+ e TFT de 3,73 mg EAG g-1. Os resultados obtidos pelo método FRAP indicaram um ESF de 166,30 µmol FeSO4 g-1 DB e para o método β-caroteno/ácido linoleico a proteção à oxidação foi de 84,35 %. Conclui-se, portanto, que a casca da DB é uma fonte de antioxidantes naturais prioritária frente às demais estudadas, que pode ser considerada na substituição aos antioxidantes sintéticos sem prejuízos à saúde, corroborando com a minimização de resíduos gerados e preservação do meio ambiente.

 

Publicado
2021-01-22